terça-feira, 2 de agosto de 2011

Doação de Sangue


Fui com o Pastor Marcos Omena essa semana fazer uma doação de sangue para o parente de uma irmã de nossa igreja.
Por se tratar da minha primeira doação fiquei com certa insegurança. O que me animava era que não estava sozinho, o Pastor também iria doar, pela primeira vez e estava tão assustado como eu. Principalmente quando descobrimos que seria um pouco mais de meio litro de sangue, 530 ml pra ser mais exato. Sei que é um medo bobo, não tínhamos o que temer. Havia naquele dia várias pessoas, na suas maiorias jovens que entravam para doar o sangue e saiam bem da sala. Porém, pareciam pelo menos para nós, devido a algum fator psicológico qualquer, com os rostos um pouco mais amarelos do que quando entraram. Para felicidade do Pastor Marcos, (e tristeza minha), ele foi reprovado no exame inicial por ter tomado vacina contra gripe dias antes.
Enfim chegou minha vez de entrar na fatídica sala. O enfermeiro perguntou de que braço eu queria que ele tirasse o sangue. Disse que não importava, ficaria apavorado com qualquer braço. Ele riu e eu me preparei enquanto falava em voz alta; “Pai se pode afasta de mim esse cálice!”. As pessoas na sala riram, mas enquanto riam algo aconteceu comigo. Quando disse aquela frase o Espírito Santo começou a falar comigo me lembrando Daquele que um dia disse a mesma coisa que eu, quando chegava a hora de Ele fazer uma doação muito maior que a minha. Aquele que como cordeiro mudo foi levado ao matadouro, e doou Seu Sangue por mim e por toda a humanidade. Esqueci por um momento do enfermeiro que lidava para encontrar uma veia em meu braço, e imaginei Jesus sendo preparado para a cruz. Quando o enfermeiro enfiou aquela agulha (que achei grossa demais), no meu braço, eu quase não senti dor alguma. Pois naquele momento imaginava os pregos perfurando as mãos e os pés do Salvador.  Enquanto deixava-me ser levado em pensamento pelo Espírito Santo para os momentos cruéis da crucificação, percebi nessa hora aqueles outros doadores que talvez, como eu não soubessem para quem seria aquela doação. E lembrei que Jesus pelo contrário de nós, sabia exatamente por quem Ele estava fazendo aquele sacrifício. Era por mim, por eles e por toda a humanidade. As vidas que serão salvas por receberem nossa doação talvez nunca saibam que foi o doador. Como muitos não sabem o que Jesus fez naquela cruz. Vivem suas vidas sem saber que Ele doou seu próprio sangue para que eles tenham vida. Eu fui ali a pedido de meu Pastor. Jesus foi à cruz a pedido do Pai que amou o mundo de tal maneira que enviou Seu próprio Filho, para que doasse Seu sangue naquela cruz, e assim, hoje tivéssemos direito a salvação e a vida eterna com Deus.
Olhei para a máquina que ficava mexendo o recipiente do meu sangue para que não coagulasse, e percebi que 530 ml não era nada perto da quantidade que Jesus doou por mim.
Acabando o enfermeiro fez um curativo no meu braço e me liberou.
Sai aliviado por ter sido útil para ajudar alguém que necessitava. A fé sem obras é morta, mas depois daquele dia, minha fé foi avivada.
O sacrifício da cruz por mais que pareça uma história conhecida pra mim nesses 25 anos de evangelho, sempre me surpreende. Cada vez que relembro a história da cruz percebo como ela se renova a cada dia. Como sempre que o Espírito me lembra do sofrimento de Jesus minha fé é renovada. O desejo de anunciar o evangelho cresce dentro de mim.
Agradeço a Deus pela experiência que Ele me proporcionou naquele dia. 
Precisamos sempre de novos experimentos com o Senhor. Eu oro para que seu povo tenha novas experiências a cada dia.
Seja um doador!
E tenha também essa incrível experiência!

A Paz do Senhor!
Marcelo Bancalero

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